Já falei a muitos atletas e técnicos que nossas provas rústicas estão ficando cada vez mais fraca no que se diz em nível técnico desde que uma emissora achou que poderia ganhar algum dinheiro em cima de nosso atletismo rústico.
São Silvestre, Maratona de São Paulo, Meia Maratona do Rio de Janeiro e Volta da Pampulha, ficaram a mercê de horários dessa emissora, que muitas vezes deixa de mostrar as provas femininas e mostram somente as provas masculina, e também da ênfase somente a atletas quenianos, esquecendo que temos também atletas do mesmo nível e muitas vezes ate mais superior, aja visto nosso grande Vanderlei, e também Marilson que desbancou por duas vezes esses quenianos na maratona de New York.
E agora essa emissora que se acha dona da verdade quebra a cara com uma pessoa de um caráter invejável, e uma dignidade que jamais deve ser contestada.
Essa matéria foi para mim envida por um companheiro de profissão que também se interessa por um melhor momento no esporte sem o dedo de pessoas que se acham dona do mundo.
O técnico da seleção brasileira abriu fogo contra a Rede Globo. Dunga deu na canela do comentarista Alex Escobar, da Globo. Poucas horas depois, um dos apresentadores do programa Fantástico, Tadeu Schmidt, da África leu um editorial da emissora detonando Dunga.
Tudo tem um porque, antes do ataque ao Dunga no Fantástico, o Jornal O Globo já havia descido a lenha na seleção e principalmente no seu treinador.
Qual a razão dessa súbita mudança de comportamento?
Vamos aos fatos:
Segunda feira, véspera do jogo de estréia da seleção brasileira contra a Coréia do Norte, por volta de 11 horas da manhã, hora local na África do Sul.
Eis que de repente, aportam na entrada da concentração do Brasil, dona Fátima Bernardes, todo-poderosa Primeira Dama do jornalismo televisivo, acompanhada do repórter Tino Marcos e mais uma equipe completa de filmagem, iluminação etc.
Indagada pelo chefe de segurança do que se tratava, a esposa do poderoso William Bonner sentenciou: “Estamos aqui para fazer uma REPORTAGEM EXCLUSIVA para a TV Globo, com o treinador e alguns jogadores...”.
Comunicado do fato, o técnico Dunga, PESSOALMENTE dirigiu-se ao portão e após ouvir da Sra. Fátima o mesmo blá-blá-blá, foi incisivo, curto e grosso, como convém a uma pessoa da sua formação: “Me desculpe, minha senhora, mas aqui não tem essa de “REPORTAGEM EXCLUSIVA” para a rede Globo. Ou a gente fala pra todas as emissoras de TV ou não fala pra nenhuma...”.
Brilhante!!!
Pela vez primeira em mais de 40 anos, um brasileiro peitava publicamente a Vênus Platinada!!!
“Mas... - prosseguiu dona Fátima - esse acordo foi feito ontem entre o Renato (Maurício Prado, chefe de redação de esportes de O Globo) e o Presidente Ricardo Teixeira. Tenho autorização para realizar a matéria”.
Dunga: - “Não tem autorização nem meia autorização, aqui nesse espaço eu é que resolvo o que é melhor para a minha equipe. E com licença que eu tenho mais o que fazer. E pode mandar dizer pro Ricardo (Teixeira) que se ele quer insistir com isso, eu entrego o cargo agora mesmo!”.
O treinador então virou as costas para a supra sumo do pedantismo e saiu sem ao menos se despedir.
Dunga pode até perder a classificação, a Copa, seu time pode até tomar uma goleada, qualquer fiasqueira na África, mas sua atitude passa à história como um exemplo de coragem e independência frente a uma das instituições privadas mais poderosas no País e que tem por hábito impor suas vontades, eis que é líder de audiência e por isso se acha acima do bem e do mal.
Em linguagem popular, o Dunga simplesmente mijou na Vênus Platinada! Sugiro uma estátua para ele!!!
Após, a poderosa Globo, a mesma que levou o Colorido ao poder e depois o detonou por seus interesses, agora difama o Dunga, ta certo que o cara é meio Ogro, mas não teve o direito de se defender dos ataques em momento algum.
Falar mal do cara é liberdade de imprensa. Ouvir o cara não pode?
A reação do povo foi imediata. O editorial lido no programa "Fantástico", da Rede Globo, deu repercussão no mundo virtual. E pela primeira vez na história o Brasil inteiro apóia o técnico da Seleção. Só a Globo para conseguir isso...
Dentre os assuntos mais comentados no Twitter nesta segunda-feira (21), a frase "Cala boca, Tadeu Schmidt" era líder absoluta, superou até a antecessora "Cala Boca, Galvão", que liderou por dias seguidos os Trending Topics.
E não parou por ai. Em apoio ao técnico da seleção brasileira, os twiteiros lançaram o "DiaSemGlobo", que será nessa sexta-feira, quando o Brasil vai jogar com a seleção de Portugal, no encerramento da primeira fase da copa.
Todo mundo na Band, ou em outra emissora, não vamos sintonizar a Globo, temos que começar a deixar de ser gado manso, mostrar que não somos trouxas manipuláveis.
VAMOS FAZER O BRASIL INTEIRO PENSAR !!!!!
sábado, 26 de junho de 2010
segunda-feira, 31 de maio de 2010
QUEM VIU JAMAIS VAI ESQUECER
Parabéns novamente a Maringá, cidade fundada poucos anos, mas que vem mostrando ao mundo, e principalmente a nosso povo que investir no esporte e uma grande saída para formação de uma federação mais feliz, educada e sadía.
Não devemos esquecer-nos de agradecer também a Caixa Econômica Federal, que jamais deixou de olhar pelo atletísmo brasileiro, “oxalá” tivessem mais empresas investindo em um esporte com custo baixo como o atletísmo, mas que trás grandes resultados tanto financeiro como educativos e sadios.
Tiveram sim algumas falhas que são aceitáveis, em cidades que promovem grandes eventos desse porte pela primeira vez, quem sabe com a procura de auxílio de pessoal com experiência nesse tipo de evento, professores de educação física, atletas, e ex-atletas que já fizeram parte de um evento desse porte, se possa sanar essas falhas.
Mas notem bem o que digo a apenas uma crítica construtiva, porque as falhas só foram visíveis a técnicos especialistas, não foram falhas que prejudicassem os participantes.
Alias uma coisa foi sem duvida sem falha, que foi a recepção ao público, muito bem atendido desde a entrada onde receberam material promocional. Que para mim incentivam muito principalmente o público infantil.
Parabéns também aos professores que levaram seus alunos ao estádio foram poucos, mas já e um bom começo, para o incentivo da garotada para a iniciação ao atletísmo esse esporte tão rico de valores em nosso país, mas que por falta de incentivo para esse desporto ficam sem aflorar.
Fica aqui mais uma crítica minha (construtiva), para que diretores, e professores invistam no atletismo, não vamos deixar passar pelas nossas mãos atletas futuros.
Ficam aqui meus parabéns, a todos envolvidos nesse evento, todos mesmo, desde aquele mais simples funcionário até aquele do mais alto escalão que são muito importantes para o andamento do evento, fica aqui parabéns a torcida que esteve presente e viu de perto um esporte que ainda e pouco conhecido.
Para quem já esteve lá competindo, foi muito lindo e emocionante esse momento que espero não ser o único nessa cidade.
terça-feira, 18 de maio de 2010
VOLUME OU INTENSIDADE?
VOLUME OU INTENSIDADE
Essa discussão entre técnicos, treinadores, professores, e todos aqueles voltados ao desenvolvimento de alta performance no atletismo vai longe, e dará muitas teses de mestrados e doutorados na Educação Física.
Indagado por um amigo e companheiro voltado a evolução de atletas maratonista sobre o que eu achava que deveria ser realizado na época da lapidação de um atleta maratonista, respondi o que eu achava, e claro de acordo com o grupo que estávamos trabalhando, levando em consideração que esse grupo e um grupo onde o treinamento e generalizado, ou seja, todos fazem o mesmo treino excluindo a individualidade biológica de cada elemento.
No decorrer de minha vida no atletismo deparei com corredores com diferenças biológicas que muitas vezes desafiaram a ciência desportiva.
Helio Alves de Aguiar, Eloi Shinaider, Edson Bergara eram corredores que treinavam grandes distancias ate a véspera de uma maratona e em nada alterava seus ótimos resultados.
Acho que o importante para um ótimo resultado e respeitar a individualidade biológica de cada atletas, na minha vida atlética posso afirmar que existem atletas que se dão muito bem com treinamentos voltados a intensidade, e que perdem a performance quando se usa volume, e atletas que respondem ao contrario.
Resumindo volume ou intensidade na época de lapidação depende do atleta que estamos trabalhando, agora quando se trata de um grupo temos que ter na mente que não teremos um resultado total.
Sei que aqui estou causando uma grande discussão, mas fiquem a vontade vamos discutir e quem sabe chegaremos a um denominativo comum, e com isso poderemos melhorar nossos resultados.
A única coisa que posso afirmar e que a individualidade biológica, de acordo com minhas experiências sempre foi o melhor caminho.
Essa discussão entre técnicos, treinadores, professores, e todos aqueles voltados ao desenvolvimento de alta performance no atletismo vai longe, e dará muitas teses de mestrados e doutorados na Educação Física.
Indagado por um amigo e companheiro voltado a evolução de atletas maratonista sobre o que eu achava que deveria ser realizado na época da lapidação de um atleta maratonista, respondi o que eu achava, e claro de acordo com o grupo que estávamos trabalhando, levando em consideração que esse grupo e um grupo onde o treinamento e generalizado, ou seja, todos fazem o mesmo treino excluindo a individualidade biológica de cada elemento.
No decorrer de minha vida no atletismo deparei com corredores com diferenças biológicas que muitas vezes desafiaram a ciência desportiva.
Helio Alves de Aguiar, Eloi Shinaider, Edson Bergara eram corredores que treinavam grandes distancias ate a véspera de uma maratona e em nada alterava seus ótimos resultados.
Acho que o importante para um ótimo resultado e respeitar a individualidade biológica de cada atletas, na minha vida atlética posso afirmar que existem atletas que se dão muito bem com treinamentos voltados a intensidade, e que perdem a performance quando se usa volume, e atletas que respondem ao contrario.
Resumindo volume ou intensidade na época de lapidação depende do atleta que estamos trabalhando, agora quando se trata de um grupo temos que ter na mente que não teremos um resultado total.
Sei que aqui estou causando uma grande discussão, mas fiquem a vontade vamos discutir e quem sabe chegaremos a um denominativo comum, e com isso poderemos melhorar nossos resultados.
A única coisa que posso afirmar e que a individualidade biológica, de acordo com minhas experiências sempre foi o melhor caminho.
terça-feira, 27 de abril de 2010
A REGRESSÃO DO ATLETISMO
A REGRESSÃO DO ATLETISMO NO BRASIL
Vejam, analisem, pense e repense, o que está errado em tudo isso. Como pode os técnicos, os nutricionistas os fisiologistas falarem com tanta convicção, daquilo que e melhor para um atleta, se esses não conseguem atingir resultados que já foram atingidos quando, os treinamentos eram executados de forma mais simples, com uma alimentação sem balanceamentos, onde se comia alimentações do dia a dia, onde não se falava de suprimentos alimentares, energéticos, e por incrível que pareça, nem se discutia sobre a quantidade de água a ser ingerida em uma prova.
Parecia que tudo era feito de maneira empírica, mas onde os resultados eram obtidos a cada dia.
Vejam uma comparação dos resultados oficiais dos 20 melhores tempos fornecido pela CBAT para provas de 10.000 metros em pista de atletismo no ano de 1997.
Marca - Atleta - Local - Data
28.08.03 - Vanderlei C. de Lima - Hengelo - 31.05.97
28.45.85 - Valdenor P. Santos - R.Janeiro - 03.07.97
28.46.6 - Jose Teles de Souza - Cubatão - 07.06.97
28.48.4 - Sergio G. da Silva- Cubatão - 07.06.97
28.50.63 - Ronaldo da Costa- R.Janeiro - 03.07.97
28.51.58 - Emerson Iser Bem - R.Janeiro - 03.07.97
28.51.8 - Leonardo V.Guedes - Cubatão - 07.06.97
28.56.81 - Delmir Alves dos Santos - R.Janeiro - 03.07.97
28.58.7 - Luis Antonio dos Santos - Cubatão - 07.06.97
28.59.0 - Elias R.Bastos - Cubatão - 07.06.97
29.05.34 - Elenilson da Silva - R.Janeiro - 03.07.97
29.15.66 - Elisvaldo R.Carvalho - R.Janeiro - 23.05.97
29.18.2 - Adalberto B.Garcia - Cubatão - 07.06.97
29.30.41 - Marilson Gomes dos Santos - R.Janeiro - 03.07.97
29.33.09 -Benedito Donizetti Gomes - R.Janeiro - 03.07.97
29.33.99 - Francisco de Barros Dias - R.Janeiro - 23.05.97
29.34.6 - Daniel Lopes Ferreira - Americana - 10.05.97
29.37.39 -Osmiro de Souza Silva - R.Janeiro - 23.05.97
29.49.76 -Milton Mattos dos Santos- R.Janeiro - 23.05.97
29.49.9 -Eder Moreno Fialho -São Paulo - 15.03.97
Agora vejam a relação da CBAT em 2009 na mesma prova.
Marca - Nome - Local - Data
27.58.83 - Marilson Gomes dos Santos - R.Janeiro - 04.06.2009
28.28.94 - Damião Anselmo de Souza - R.Janeiro - 04.06.2009
28.49.42 - Daniel Chaves da Silva - R.Janeiro - 04.06.2009
28.53.83 - Antonio J.Numes Jr - R.Janeiro - 04.06.2009
28.56.04 - Reginaldo de Oliveira C. Jr - R.Janeiro - 04.06.2009
29.01.77 - Ubiratan Jose dos Santos - R.Janeiro - 04.06.2009
29.08.73 - David Benedito de Macedo - R.Janeiro - 04.06.2009
29.17.54 - Paulo R. Almeida Paula - R.Janeiro - 04.06.2009
29.17.62 - Gilberto Silvestre Lopes - R.Janeiro - 24.04.2009
29.26.43 - Antonio C.J. Borges - R.Janeiro - 04.06.2009
29.34.37 - Jose Magno S.Mota - R.Janeiro - 04.06.2009
29.36.94 - Marcelo Cabrini - S.Caetano - 07.10.2009
29.40.29 - Cosme Anselmo de Souza - R.Janeiro - 24.04.2009
29.40.95 - Domingos Nonato da Silva - R.Janeiro - 24.04.2009
29.42.91 - Luis Fernando A.Paula - R.Janeiro - 04.06.2009
29.45.72 - Robsosn Pereira de Lima - R.Janeiro - 24.04.2009
29.50.02 - Elias Rodrigues Bastos - S.Caetano - 07.10.2009
29.59.06 - Jose Teles de Souza - R.Janeiro - 04.06.2009
30.02.70 - Richardson L.da Silva - São Paulo - 23.05.2009
30.07.28 - Jose Saraiva F.Junior - R.Janeiro - 24.04.2009
No decorrer de 12 anos tirando o atleta Marilson Gomes dos Santos que na época estava na 13ª colocação teve uma melhora bem significante. No mais as outras marcas permaneceram estáveis. Prestem atenção estamos falando em um intervalo de 12 anos.
Não querendo voltar mais atrás, marcas mais antigas ainda datada de mais ou menos 20 anos foi batida em 2008 pelo atleta Marilson.
Sinceramente tem algo de errado, porque em países mais pobre que o nosso com treinamentos bem mais rudimentares, os atletas fazem marcas sempre mais forte do que a estabelecida anteriormente.
Se muitos atletas brasileiros em tempos remotos tivessem equipamentos iguais aos de hoje, tivessem alojamentos para atletas como o de hoje, treinassem em pistas sintéticas de boa qualidade como as de hoje, sem falar e toda infra estrutura que e fornecida a atletas hoje, e com a obrigação somente de competir, sem ter que trabalhar para seus sustentos, fariam marcas bem expressivas que sem duvida nenhuma, seria muito difícil de ser alcançada.
Para uma ultima consideração quanto tempo foi necessário para baixar a marca dos 10.000 metros em pista do nosso pioneiro Jose João da Silva.
Vejam, analisem, pense e repense, o que está errado em tudo isso. Como pode os técnicos, os nutricionistas os fisiologistas falarem com tanta convicção, daquilo que e melhor para um atleta, se esses não conseguem atingir resultados que já foram atingidos quando, os treinamentos eram executados de forma mais simples, com uma alimentação sem balanceamentos, onde se comia alimentações do dia a dia, onde não se falava de suprimentos alimentares, energéticos, e por incrível que pareça, nem se discutia sobre a quantidade de água a ser ingerida em uma prova.
Parecia que tudo era feito de maneira empírica, mas onde os resultados eram obtidos a cada dia.
Vejam uma comparação dos resultados oficiais dos 20 melhores tempos fornecido pela CBAT para provas de 10.000 metros em pista de atletismo no ano de 1997.
Marca - Atleta - Local - Data
28.08.03 - Vanderlei C. de Lima - Hengelo - 31.05.97
28.45.85 - Valdenor P. Santos - R.Janeiro - 03.07.97
28.46.6 - Jose Teles de Souza - Cubatão - 07.06.97
28.48.4 - Sergio G. da Silva- Cubatão - 07.06.97
28.50.63 - Ronaldo da Costa- R.Janeiro - 03.07.97
28.51.58 - Emerson Iser Bem - R.Janeiro - 03.07.97
28.51.8 - Leonardo V.Guedes - Cubatão - 07.06.97
28.56.81 - Delmir Alves dos Santos - R.Janeiro - 03.07.97
28.58.7 - Luis Antonio dos Santos - Cubatão - 07.06.97
28.59.0 - Elias R.Bastos - Cubatão - 07.06.97
29.05.34 - Elenilson da Silva - R.Janeiro - 03.07.97
29.15.66 - Elisvaldo R.Carvalho - R.Janeiro - 23.05.97
29.18.2 - Adalberto B.Garcia - Cubatão - 07.06.97
29.30.41 - Marilson Gomes dos Santos - R.Janeiro - 03.07.97
29.33.09 -Benedito Donizetti Gomes - R.Janeiro - 03.07.97
29.33.99 - Francisco de Barros Dias - R.Janeiro - 23.05.97
29.34.6 - Daniel Lopes Ferreira - Americana - 10.05.97
29.37.39 -Osmiro de Souza Silva - R.Janeiro - 23.05.97
29.49.76 -Milton Mattos dos Santos- R.Janeiro - 23.05.97
29.49.9 -Eder Moreno Fialho -São Paulo - 15.03.97
Agora vejam a relação da CBAT em 2009 na mesma prova.
Marca - Nome - Local - Data
27.58.83 - Marilson Gomes dos Santos - R.Janeiro - 04.06.2009
28.28.94 - Damião Anselmo de Souza - R.Janeiro - 04.06.2009
28.49.42 - Daniel Chaves da Silva - R.Janeiro - 04.06.2009
28.53.83 - Antonio J.Numes Jr - R.Janeiro - 04.06.2009
28.56.04 - Reginaldo de Oliveira C. Jr - R.Janeiro - 04.06.2009
29.01.77 - Ubiratan Jose dos Santos - R.Janeiro - 04.06.2009
29.08.73 - David Benedito de Macedo - R.Janeiro - 04.06.2009
29.17.54 - Paulo R. Almeida Paula - R.Janeiro - 04.06.2009
29.17.62 - Gilberto Silvestre Lopes - R.Janeiro - 24.04.2009
29.26.43 - Antonio C.J. Borges - R.Janeiro - 04.06.2009
29.34.37 - Jose Magno S.Mota - R.Janeiro - 04.06.2009
29.36.94 - Marcelo Cabrini - S.Caetano - 07.10.2009
29.40.29 - Cosme Anselmo de Souza - R.Janeiro - 24.04.2009
29.40.95 - Domingos Nonato da Silva - R.Janeiro - 24.04.2009
29.42.91 - Luis Fernando A.Paula - R.Janeiro - 04.06.2009
29.45.72 - Robsosn Pereira de Lima - R.Janeiro - 24.04.2009
29.50.02 - Elias Rodrigues Bastos - S.Caetano - 07.10.2009
29.59.06 - Jose Teles de Souza - R.Janeiro - 04.06.2009
30.02.70 - Richardson L.da Silva - São Paulo - 23.05.2009
30.07.28 - Jose Saraiva F.Junior - R.Janeiro - 24.04.2009
No decorrer de 12 anos tirando o atleta Marilson Gomes dos Santos que na época estava na 13ª colocação teve uma melhora bem significante. No mais as outras marcas permaneceram estáveis. Prestem atenção estamos falando em um intervalo de 12 anos.
Não querendo voltar mais atrás, marcas mais antigas ainda datada de mais ou menos 20 anos foi batida em 2008 pelo atleta Marilson.
Sinceramente tem algo de errado, porque em países mais pobre que o nosso com treinamentos bem mais rudimentares, os atletas fazem marcas sempre mais forte do que a estabelecida anteriormente.
Se muitos atletas brasileiros em tempos remotos tivessem equipamentos iguais aos de hoje, tivessem alojamentos para atletas como o de hoje, treinassem em pistas sintéticas de boa qualidade como as de hoje, sem falar e toda infra estrutura que e fornecida a atletas hoje, e com a obrigação somente de competir, sem ter que trabalhar para seus sustentos, fariam marcas bem expressivas que sem duvida nenhuma, seria muito difícil de ser alcançada.
Para uma ultima consideração quanto tempo foi necessário para baixar a marca dos 10.000 metros em pista do nosso pioneiro Jose João da Silva.
segunda-feira, 26 de abril de 2010
CIRCUITO BRASIL PARAOLÍMPICO
PARABENS A MARINGA
No dia 24 e 25 de abril de 2010 na cidade de Maringá no estado do Paraná, foi realizada a terceira etapa circuito Brasil Paraolímpico Etapa Regional, onde competiram atletas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo, nas modalidades da Natação, Atletismo, e Halterofilismo.
A competição aconteceu no complexo da Vila Olímpica, e os atletas ficaram hospedados em vários hotéis aos redores, onde tiveram transportes gratuitos oferecidos pela organização que os levavam do hotel para a Vila Olímpica, e vice versa.
Infelizmente por falta da divulgação pela mídia local não houve um publico para prestigiar o evento, mas teve atenção pela rede Record News, com repercussão nacional.
Apesar da grandeza do evento houve alguns erros na parte da infra estrutura na Vila Olímpica, com aproximadamente 1.200 participantes no atletismo. Os atletas contavam com apenas três banheiros químicos, um para homem e dois para mulheres, e somente um vestiário onde se revezavam homens e mulheres.
Também pensando em dar um conforto melhor aos atletas, colocaram tapetes de borracha para o acesso dos atletas na pista, mas esqueceram que dependendo da deficiência física do atleta este quase não levanta os pés para caminhar ou correr, assim sendo muitos tropeçavam nas beiradas desses tapetes.
Também não houve indicações para acesso ao local de concentração dos atletas, e muitos ao invés de entrar para a concentração acabavam adentrando as arquibancadas, e ali ficavam perdidos sem saber onde era o acesso para a concentração.
Vi ali atletas perder sua prova por estar na arquibancada quando foi chamada sua categoria, atleta com deficiência visual que ficou perdido assim como seu guia, sem saber como chegar á pista.
Mas notem bem isso acontece normalmente em cidades onde um evento desse tamanho na modalidade de deficientes e realizados. Infelizmente não conseguimos adaptar locais para atender um deficiente com toda comodidade.
Maringá esta, contudo, de parabéns pela atenção dada, a esses atletas mesmo que com falhas notou-se que foi dada toda atenção para que os atletas e suas delegações sentissem o prazer de competir nessa cidade acolhedora.
No dia 24 e 25 de abril de 2010 na cidade de Maringá no estado do Paraná, foi realizada a terceira etapa circuito Brasil Paraolímpico Etapa Regional, onde competiram atletas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo, nas modalidades da Natação, Atletismo, e Halterofilismo.
A competição aconteceu no complexo da Vila Olímpica, e os atletas ficaram hospedados em vários hotéis aos redores, onde tiveram transportes gratuitos oferecidos pela organização que os levavam do hotel para a Vila Olímpica, e vice versa.
Infelizmente por falta da divulgação pela mídia local não houve um publico para prestigiar o evento, mas teve atenção pela rede Record News, com repercussão nacional.
Apesar da grandeza do evento houve alguns erros na parte da infra estrutura na Vila Olímpica, com aproximadamente 1.200 participantes no atletismo. Os atletas contavam com apenas três banheiros químicos, um para homem e dois para mulheres, e somente um vestiário onde se revezavam homens e mulheres.
Também pensando em dar um conforto melhor aos atletas, colocaram tapetes de borracha para o acesso dos atletas na pista, mas esqueceram que dependendo da deficiência física do atleta este quase não levanta os pés para caminhar ou correr, assim sendo muitos tropeçavam nas beiradas desses tapetes.
Também não houve indicações para acesso ao local de concentração dos atletas, e muitos ao invés de entrar para a concentração acabavam adentrando as arquibancadas, e ali ficavam perdidos sem saber onde era o acesso para a concentração.
Vi ali atletas perder sua prova por estar na arquibancada quando foi chamada sua categoria, atleta com deficiência visual que ficou perdido assim como seu guia, sem saber como chegar á pista.
Mas notem bem isso acontece normalmente em cidades onde um evento desse tamanho na modalidade de deficientes e realizados. Infelizmente não conseguimos adaptar locais para atender um deficiente com toda comodidade.
Maringá esta, contudo, de parabéns pela atenção dada, a esses atletas mesmo que com falhas notou-se que foi dada toda atenção para que os atletas e suas delegações sentissem o prazer de competir nessa cidade acolhedora.
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
MARATHON TRAINING - NÃO E SÓ PARA MARATONISTA
MARATHON-TRAINING
Criado no fim da década de 50 por Arthur Lydiard em Auckland, Nova Zelândia, este método exigia um trabalho ainda mais extenso que o de Cerutty, daí o nome marathon-training.
É um treinamento de duração que consta em sua ultima fase de um trabalho fracionado. Lydiard não repudiava tanto os métodos intervalados quanto o australiano Cerutty, embora o colocasse num plano secundário.
Concebido para corredores de fundo e meio fundo, os atletas executavam, na pratica, tantas atividades de velocidade quanto um velocista; tanta velocidade prolongada quanto os corredores ortodoxos de distancia; e percorriam tantos quilômetros quanto os maratonistas. Os atletas acostumavam-se ao sofrimento em face do treinamento prolongado. É um método de superação psicológica.
Lydiard, que estudou e concebeu seu método durante nove anos, teve a particularidade de testá-lo em si próprio. Da mesma forma, aplicaram-o na formação de excelentes campeões como o neozelandeses Murray Halberg, campeão olímpico dos 5000 m em 1960, Magee e Baillie entre outros. O método alcançou sua consagração pelas notáveis performances de Peter Snell que se tornou tricampeão olímpico dos 800m e venceu a prova dos 1500m na olimpíada de 1964.
Nota-se que apesar de ser um treinamento onde são aplicadas cargas de longa distancia, mesclando com interval training, ele se mostrou e mostra-se ate hoje que a possibilidade de se atingir boas performances e diversas distancias ficou provada e prova-se nos dias de hoje.
A diferença fica na especialidade do atleta onde o treinamento especifico e aplicado.
O plano de treinamento do maraton-training está dividido em seis fases:
1ª) cross-country
2ª) longas distancias
3ª) subidas e decidas
4ª) Fartlek em rodovias asfaltadas
5ª) treinamento intervalado
6ª) competição e pos competição
Essas fases são divididas em três períodos:
Básico
Cross-country 12 semanas Neozelandes - Americano 6 semanas
Longas distancias 14 semanas Neozelandes - Americano 12 semanas
Subidas e descidas 8 semanas Neozelandes - Americano 6 semanas
Fartlek 4 semanas Neozelandes - Americano -------------
Especifico
Treinamento intervalado Neozelandês 10 semanas - Americano 10 semanas
Competição
Competição e pós-competição Neozelandês 4 semanas - Americano 2 semanas
Total Neozelandês 52 semanas - Total Americano 36 semanas
Fica claro que isso e só um resumo daquilo que e aplicado no método maraton-training, darei aqui resumidamente uma noção deste método.
Cross Country o atleta percorre diariamente 20 km em media em terrenos variados para ajudar no fortalecimento da musculatura das pernas.
Longas distancias:
2ª feira 16 km em terreno variado
3ª feira 24 km em terreno plano
4ª feira 19 km Fartlek
5ª feira 29 km terreno plano
6ª feira 16 km em terreno variado
Sábado 32 a 42 km terreno plano
Domingo 24 km de trote.
Depois vem as outras fases que irão se tornando especifica para cada atleta de acordo com a distancia da prova de cada um.
Autores Pesquisados
LENK, M. Introdução à moderna ciência do treinamento desportivo
LYDIARD, A. Running training Schedules.
COKER, C. Coaches training manual
ADAMS, W.C. Toward a scientific basis for training the distance runner.
Criado no fim da década de 50 por Arthur Lydiard em Auckland, Nova Zelândia, este método exigia um trabalho ainda mais extenso que o de Cerutty, daí o nome marathon-training.
É um treinamento de duração que consta em sua ultima fase de um trabalho fracionado. Lydiard não repudiava tanto os métodos intervalados quanto o australiano Cerutty, embora o colocasse num plano secundário.
Concebido para corredores de fundo e meio fundo, os atletas executavam, na pratica, tantas atividades de velocidade quanto um velocista; tanta velocidade prolongada quanto os corredores ortodoxos de distancia; e percorriam tantos quilômetros quanto os maratonistas. Os atletas acostumavam-se ao sofrimento em face do treinamento prolongado. É um método de superação psicológica.
Lydiard, que estudou e concebeu seu método durante nove anos, teve a particularidade de testá-lo em si próprio. Da mesma forma, aplicaram-o na formação de excelentes campeões como o neozelandeses Murray Halberg, campeão olímpico dos 5000 m em 1960, Magee e Baillie entre outros. O método alcançou sua consagração pelas notáveis performances de Peter Snell que se tornou tricampeão olímpico dos 800m e venceu a prova dos 1500m na olimpíada de 1964.
Nota-se que apesar de ser um treinamento onde são aplicadas cargas de longa distancia, mesclando com interval training, ele se mostrou e mostra-se ate hoje que a possibilidade de se atingir boas performances e diversas distancias ficou provada e prova-se nos dias de hoje.
A diferença fica na especialidade do atleta onde o treinamento especifico e aplicado.
O plano de treinamento do maraton-training está dividido em seis fases:
1ª) cross-country
2ª) longas distancias
3ª) subidas e decidas
4ª) Fartlek em rodovias asfaltadas
5ª) treinamento intervalado
6ª) competição e pos competição
Essas fases são divididas em três períodos:
Básico
Cross-country 12 semanas Neozelandes - Americano 6 semanas
Longas distancias 14 semanas Neozelandes - Americano 12 semanas
Subidas e descidas 8 semanas Neozelandes - Americano 6 semanas
Fartlek 4 semanas Neozelandes - Americano -------------
Especifico
Treinamento intervalado Neozelandês 10 semanas - Americano 10 semanas
Competição
Competição e pós-competição Neozelandês 4 semanas - Americano 2 semanas
Total Neozelandês 52 semanas - Total Americano 36 semanas
Fica claro que isso e só um resumo daquilo que e aplicado no método maraton-training, darei aqui resumidamente uma noção deste método.
Cross Country o atleta percorre diariamente 20 km em media em terrenos variados para ajudar no fortalecimento da musculatura das pernas.
Longas distancias:
2ª feira 16 km em terreno variado
3ª feira 24 km em terreno plano
4ª feira 19 km Fartlek
5ª feira 29 km terreno plano
6ª feira 16 km em terreno variado
Sábado 32 a 42 km terreno plano
Domingo 24 km de trote.
Depois vem as outras fases que irão se tornando especifica para cada atleta de acordo com a distancia da prova de cada um.
Autores Pesquisados
LENK, M. Introdução à moderna ciência do treinamento desportivo
LYDIARD, A. Running training Schedules.
COKER, C. Coaches training manual
ADAMS, W.C. Toward a scientific basis for training the distance runner.
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Olimpíada ou Olimpíadas
Olimpíada
Cuidado! Verifique antes de dizer esta palavra.
Exemplo: Treinarei para próxima olimpíada.
Olimpíadas: São varias olimpíadas.
Exemplo: Nas olimpíadas de 2012 e 2016, torcerei para que o Brasil ganhe mais medalhas.
Originalmente, olimpíada eram competições atléticas que serenavam os ânimos entre os esquentados cidadãos gregos da antiguidade. O termo designava, também, o espaço que mediava entre uma e outra daquelas efemérides. Hoje perdeu-se a noção etimológica primitiva, pois indentificanos como olimpíada ou olimpíadas (ou ainda como jogos olímpicos) os modernos embates esportivos que de 4 em 4 anos são disputados por mais de 200 nações.
Cuidado! Verifique antes de dizer esta palavra.
Exemplo: Treinarei para próxima olimpíada.
Olimpíadas: São varias olimpíadas.
Exemplo: Nas olimpíadas de 2012 e 2016, torcerei para que o Brasil ganhe mais medalhas.
Originalmente, olimpíada eram competições atléticas que serenavam os ânimos entre os esquentados cidadãos gregos da antiguidade. O termo designava, também, o espaço que mediava entre uma e outra daquelas efemérides. Hoje perdeu-se a noção etimológica primitiva, pois indentificanos como olimpíada ou olimpíadas (ou ainda como jogos olímpicos) os modernos embates esportivos que de 4 em 4 anos são disputados por mais de 200 nações.
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Treinamento em escada para corredores
TREINAMENTO EM ESCADARIAS
Você corredor, já pensou em melhorar sua performance desenvolvendo um treinamento utilizando as escadas de seu prédio?
O treinamento em escadas, é indicado para corredores com um nível de treino mais avançado, pois exige um bom condicionamento físico e aeróbico, além de ser um exercício de grande impacto nas articulações e na musculatura, podendo ocasionar lesões para aqueles não estão tão bem preparados ou que tiveram contusões recentes. Vale ressaltar a importância da coordenação neuromotora e do equilíbrio, muito importante durante a execução do movimento.
Dependendo de alguns fatores, como altura dos degraus e a distância da passada, podemos direcionar o treinamento em escadas para algumas finalidades como resistência, força e explosão, além de proporcionar à musculatura, um estímulo diferente que resultará em melhor performance durante as corridas. Também é interessante ressaltar que esse treinamento deve ser feito preferencialmente em escadas que estejam ao ar livre por questões de segurança.
FORÇA E EXPLOSÃO: Alguns praticantes dessa modalidade de treinamento preferem os degraus dos estádios de futebol (arquibancadas), ou usar de 3 a 4 degraus que devem ser subidos em velocidade baixa e tempo de execução curto, visando a hipertrofia dos músculos inferiores, em alguns casos de praticantes mais avançados é comum portar halteres nas mãos para aumentar a dificuldade do exercício e melhorar a performance.
RESISTÊNCIA: Os treinamentos visando resistência muscular são praticados com uma sobrecarga baixa, ou sem nenhuma carga de dois em dois degraus, com um tempo de execução mais longo.
Como todo treinamento, lembre-se de começar com os devidos aquecimentos e alongamentos, para não correr o risco de se lesionar.
Você corredor, já pensou em melhorar sua performance desenvolvendo um treinamento utilizando as escadas de seu prédio?
O treinamento em escadas, é indicado para corredores com um nível de treino mais avançado, pois exige um bom condicionamento físico e aeróbico, além de ser um exercício de grande impacto nas articulações e na musculatura, podendo ocasionar lesões para aqueles não estão tão bem preparados ou que tiveram contusões recentes. Vale ressaltar a importância da coordenação neuromotora e do equilíbrio, muito importante durante a execução do movimento.
Dependendo de alguns fatores, como altura dos degraus e a distância da passada, podemos direcionar o treinamento em escadas para algumas finalidades como resistência, força e explosão, além de proporcionar à musculatura, um estímulo diferente que resultará em melhor performance durante as corridas. Também é interessante ressaltar que esse treinamento deve ser feito preferencialmente em escadas que estejam ao ar livre por questões de segurança.
FORÇA E EXPLOSÃO: Alguns praticantes dessa modalidade de treinamento preferem os degraus dos estádios de futebol (arquibancadas), ou usar de 3 a 4 degraus que devem ser subidos em velocidade baixa e tempo de execução curto, visando a hipertrofia dos músculos inferiores, em alguns casos de praticantes mais avançados é comum portar halteres nas mãos para aumentar a dificuldade do exercício e melhorar a performance.
RESISTÊNCIA: Os treinamentos visando resistência muscular são praticados com uma sobrecarga baixa, ou sem nenhuma carga de dois em dois degraus, com um tempo de execução mais longo.
Como todo treinamento, lembre-se de começar com os devidos aquecimentos e alongamentos, para não correr o risco de se lesionar.
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
TREINAMENTO DE SALTOS PARA CORREDORES
TREINAMENTOS DE SALTOS PARA CORREDORES
Segundo Verkhoshanski (1998), “o método de choque é destinado ao desenvolvimento da força rápida dos músculos e da capacidade reativa do aparelho neuromuscular”.
O método de choque foi criado na ex-União Soviética no final de década de 50, por Iuri Verkhoshanski, que o idealizou ao observar o enorme potencial da sobrecarga gerada pela energia cinética dos saltos. O autor cita como exemplo nosso atleta João do Pulo, que desenvolvia, na segunda passada do salto triplo, um esforço médio de 300 kg em uma das pernas em um período de apenas 0,125 segundo.
Algum tempo depois de sua criação, o método foi descoberto por treinadores de outros países, com destaque para pesquisadores importantes e competentes como Carmelo Bosco (Itália), Paavo Komi (Finlândia) e Dietmar Schimdtbleicher (Alemanha). Após a passagem pela Europa, o método de choque finalmente chegou aos Estados Unidos onde foi (in)devidamente alterado e mal aplicado, recebendo o nome genérico de pliometria.
O próprio termo pliometria já gera, segundo Verkhoshanski (1998), uma desvirtuação da proposta original, pois se refere somente à fase excêntrica ou de amortecimento, quando na verdade o método deveria ser centrado na transição rápida entre as fases de amortecimento e impulsão. A essência do método de choque não está em saltar ou amortecer e sim em aproveitar de forma eficiente a energia cinética do contra-movimento para impulsionar o movimento seguinte.
Além do equívoco terminológico, a cultura capitalista do “quanto mais, melhor” vem sendo outro grave problema para a aplicação correta do método. Enquanto Verkhoshanski (1998) recomenda algo em torno de 4 séries de 10 saltos profundos, não passando de alturas de queda geralmente menores que 1 metro, há relatos de treinadores realizando um total de mais de 100 saltos profundos por treino, com os atletas chegando a sair de plataformas de 1,5 metro!!!
Uso do método de choque (“pliometria”) em corredores de fundo
Atualmente vem ganhando força uma nova proposta de treinamento para corredores de fundo, que passa a se preocupar também com mecanismos neuromusculares (Noakes, 2003), em uma abordagem bem diferente do paradigma dominante, onde os treinos praticamente se resumem a parâmetros “cardiopulmonares”. Esta nova visão vem fazendo com que os treinos de força e potência ganhem papel essencial no treinamento dos atletas de endurance (Kraemer & Hakkinen, 2004).
Um dos principais parâmetros onde uma intervenção neuromuscular pode ajudar corredores de fundo é a economia de movimento, um conceito muito importe que ainda tem pouca notoriedade. Durante a corrida, até 60% da energia mecânica da passada anterior pode ser recuperada para a próxima passada, sendo necessário despender apenas os 40% restantes através de reações metabólicas (Verkhoshanski, 1998; 1999), deste modo, quanto mais energia se aproveitar das passadas precedentes, menor será o desgaste durante a corrida e, conseqüentemente, maior a performance. Esta economia de corrida pode ser, inclusive, um dos fatores que fazem os corredores africanos terem bons resultados em provas longas, conforme pode ser visto no estudo de Weston et al (2000).
Em um estudo feito com atletas de elite, pesquisadores finlandeses verificaram que a substituição de um terço do treino de corrida por treinos de força explosiva, incluindo o método de choque, resultava em melhoras na performance da corrida de 5 km, enquanto o treino convencional não modificava os resultados. No estudo, as melhoras foram altamente relacionadas à maior economia de corrida, maior potência muscular e menor tempo de contato com o solo durante as passadas (Paavolainen et al, 1999).
Posteriormente, Spurs et al (2003) verificaram que a inclusão de um programa de saltos no treinamento de corrida durante 6 semanas levava a melhoras na performance do teste de 3 km e na economia de corrida, sem alterar o VO2máx ou o limiar anaeróbio. As únicas melhoras verificadas foram em parâmetros neuromusculares, como salto com contra-movimento, rigidez musculotendínea dos membros inferiores e o teste de 5 saltos.
Neste mesmo ano, Turner et al (2003) estudaram os efeitos do método de choque em indivíduos treinados, mas não atletas, e também verificaram que o treino com saltos promove melhoras na economia de corrida, mas não no VO2máx.
Recomendações e limitações
Basicamente, corredores de todos os níveis podem se beneficiar do método de choque, no entanto, este é uma estratégia intensiva que não deve ser usada de forma descontrolada.
Os treinos com saltos devem estar dentro de uma fase especifica do planejamento de longo prazo, sendo precedidos de uma preparação neuromuscular adequada e do ensino pedagógico das técnicas dos saltos. Assim, dentro do planejamento anual ele é usado intensivamente apenas durante algumas semanas. Entretanto, grande parte dos atletas nem ao menos tem um trabalho de força (musculação) bem orientado e já está buscando partir para os saltos o que pode trazer conseqüências danosas e lesivas.
Assim como não se deve usar o método de choque no período de base, deve-se ter cautela para suspendê-lo ou adequá-lo antes da competição, para que haja recuperação adequada e transferência proveitosa dos ganhos para a realidade da prova em que se deseja competir.
A montagem de um treino com saltos é um processo complexo que envolve diversos passos, como o cálculo das alturas, da quantidade de saltos e do descanso entre as séries, controle do movimento dos braços, do tempo de contato com o solo e até mesmo a escolha do tipo de solo e de calçados. A quantificação no método de choque é outro ponto muito delicado, pois não há uma sensação muito evidente de cansaço, sendo comum pecar pelo excesso. É importante lembrar as palavras de Verkhoshanski (1998) ao dizer que, quando se trabalha com saltos profundos, “é melhor menos do que mais”.
O método não é recomendado para: iniciantes, pessoas sem experiência com treino de força e potência, pessoas lesionadas ou com problemas ortopédicos.
Quem já usou o método de choque adequadamente concorda que ele é, sem dúvidas, um dos meios mais eficientes de se desenvolver as capacidades neurais de corredores, no entanto, quando aplicado inadequadamente, ele se torna altamente lesivo e contraproducente, tanto que até hoje há diversos especialistas, principalmente nos Estados Unidos, que o olham de maneira desconfiada. Para se ter sucesso, é essencial procurar um professor de Educação Física especializado no assunto, evitando as indicações de pessoas sem formação e as autoprescrições, as quais invariavelmente resultam em práticas irresponsáveis e inadequadas que levam a um alto índice de lesões e prejuízos na performance em curto e longo prazo.
Referências bibliográficas
Kraemer WJ & Hakkinen K. Treinamento de força para o esporte. Porto Alegre: Artmed, 2004.
Noakes, T. Training and bioenergetic characteristics in elite male and female kenyan runners. Medicine and Science in Sports and Exercise. Vol. p:305, 2003
Paavolainen L, Hakkinen K, Hamalainen I, Nummela A, Rusko H. Explosive-strength training improves 5-km running time by improving running economy and muscle power. Journal of Applied Physiology. Vol.86 n°5 pp:1527–1533, 1999.
Spurrs RW, Murphy AJ, Watsford ML. The effect of plyometric training on distance running performance. European Journal of Applied Physiology. Vol.89 n.1 pp:1-7, 2003.
Turner AM, Owings M, Schwane JA. Improvement in running economy after 6 weeks of plyometric training. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol.17 n.1 pp:60-7, 2003.
Verkhoshanski IV. Força: treinamento de potência muscular – método de choque. Londrina: Centro de Informações Desportivas, 1998.
Verkhoshanski IV. Treinamento desportivo. Porto Alegre: Artmed, 1999.
Weston AR, Mbambo Z, Myburgh KH. Running economy of African and Caucasian distance runners. Medicine and Science in Sports and Exercise. Vol. 32, No. 6, pp. 1130–1134, 2000.
Segundo Verkhoshanski (1998), “o método de choque é destinado ao desenvolvimento da força rápida dos músculos e da capacidade reativa do aparelho neuromuscular”.
O método de choque foi criado na ex-União Soviética no final de década de 50, por Iuri Verkhoshanski, que o idealizou ao observar o enorme potencial da sobrecarga gerada pela energia cinética dos saltos. O autor cita como exemplo nosso atleta João do Pulo, que desenvolvia, na segunda passada do salto triplo, um esforço médio de 300 kg em uma das pernas em um período de apenas 0,125 segundo.
Algum tempo depois de sua criação, o método foi descoberto por treinadores de outros países, com destaque para pesquisadores importantes e competentes como Carmelo Bosco (Itália), Paavo Komi (Finlândia) e Dietmar Schimdtbleicher (Alemanha). Após a passagem pela Europa, o método de choque finalmente chegou aos Estados Unidos onde foi (in)devidamente alterado e mal aplicado, recebendo o nome genérico de pliometria.
O próprio termo pliometria já gera, segundo Verkhoshanski (1998), uma desvirtuação da proposta original, pois se refere somente à fase excêntrica ou de amortecimento, quando na verdade o método deveria ser centrado na transição rápida entre as fases de amortecimento e impulsão. A essência do método de choque não está em saltar ou amortecer e sim em aproveitar de forma eficiente a energia cinética do contra-movimento para impulsionar o movimento seguinte.
Além do equívoco terminológico, a cultura capitalista do “quanto mais, melhor” vem sendo outro grave problema para a aplicação correta do método. Enquanto Verkhoshanski (1998) recomenda algo em torno de 4 séries de 10 saltos profundos, não passando de alturas de queda geralmente menores que 1 metro, há relatos de treinadores realizando um total de mais de 100 saltos profundos por treino, com os atletas chegando a sair de plataformas de 1,5 metro!!!
Uso do método de choque (“pliometria”) em corredores de fundo
Atualmente vem ganhando força uma nova proposta de treinamento para corredores de fundo, que passa a se preocupar também com mecanismos neuromusculares (Noakes, 2003), em uma abordagem bem diferente do paradigma dominante, onde os treinos praticamente se resumem a parâmetros “cardiopulmonares”. Esta nova visão vem fazendo com que os treinos de força e potência ganhem papel essencial no treinamento dos atletas de endurance (Kraemer & Hakkinen, 2004).
Um dos principais parâmetros onde uma intervenção neuromuscular pode ajudar corredores de fundo é a economia de movimento, um conceito muito importe que ainda tem pouca notoriedade. Durante a corrida, até 60% da energia mecânica da passada anterior pode ser recuperada para a próxima passada, sendo necessário despender apenas os 40% restantes através de reações metabólicas (Verkhoshanski, 1998; 1999), deste modo, quanto mais energia se aproveitar das passadas precedentes, menor será o desgaste durante a corrida e, conseqüentemente, maior a performance. Esta economia de corrida pode ser, inclusive, um dos fatores que fazem os corredores africanos terem bons resultados em provas longas, conforme pode ser visto no estudo de Weston et al (2000).
Em um estudo feito com atletas de elite, pesquisadores finlandeses verificaram que a substituição de um terço do treino de corrida por treinos de força explosiva, incluindo o método de choque, resultava em melhoras na performance da corrida de 5 km, enquanto o treino convencional não modificava os resultados. No estudo, as melhoras foram altamente relacionadas à maior economia de corrida, maior potência muscular e menor tempo de contato com o solo durante as passadas (Paavolainen et al, 1999).
Posteriormente, Spurs et al (2003) verificaram que a inclusão de um programa de saltos no treinamento de corrida durante 6 semanas levava a melhoras na performance do teste de 3 km e na economia de corrida, sem alterar o VO2máx ou o limiar anaeróbio. As únicas melhoras verificadas foram em parâmetros neuromusculares, como salto com contra-movimento, rigidez musculotendínea dos membros inferiores e o teste de 5 saltos.
Neste mesmo ano, Turner et al (2003) estudaram os efeitos do método de choque em indivíduos treinados, mas não atletas, e também verificaram que o treino com saltos promove melhoras na economia de corrida, mas não no VO2máx.
Recomendações e limitações
Basicamente, corredores de todos os níveis podem se beneficiar do método de choque, no entanto, este é uma estratégia intensiva que não deve ser usada de forma descontrolada.
Os treinos com saltos devem estar dentro de uma fase especifica do planejamento de longo prazo, sendo precedidos de uma preparação neuromuscular adequada e do ensino pedagógico das técnicas dos saltos. Assim, dentro do planejamento anual ele é usado intensivamente apenas durante algumas semanas. Entretanto, grande parte dos atletas nem ao menos tem um trabalho de força (musculação) bem orientado e já está buscando partir para os saltos o que pode trazer conseqüências danosas e lesivas.
Assim como não se deve usar o método de choque no período de base, deve-se ter cautela para suspendê-lo ou adequá-lo antes da competição, para que haja recuperação adequada e transferência proveitosa dos ganhos para a realidade da prova em que se deseja competir.
A montagem de um treino com saltos é um processo complexo que envolve diversos passos, como o cálculo das alturas, da quantidade de saltos e do descanso entre as séries, controle do movimento dos braços, do tempo de contato com o solo e até mesmo a escolha do tipo de solo e de calçados. A quantificação no método de choque é outro ponto muito delicado, pois não há uma sensação muito evidente de cansaço, sendo comum pecar pelo excesso. É importante lembrar as palavras de Verkhoshanski (1998) ao dizer que, quando se trabalha com saltos profundos, “é melhor menos do que mais”.
O método não é recomendado para: iniciantes, pessoas sem experiência com treino de força e potência, pessoas lesionadas ou com problemas ortopédicos.
Quem já usou o método de choque adequadamente concorda que ele é, sem dúvidas, um dos meios mais eficientes de se desenvolver as capacidades neurais de corredores, no entanto, quando aplicado inadequadamente, ele se torna altamente lesivo e contraproducente, tanto que até hoje há diversos especialistas, principalmente nos Estados Unidos, que o olham de maneira desconfiada. Para se ter sucesso, é essencial procurar um professor de Educação Física especializado no assunto, evitando as indicações de pessoas sem formação e as autoprescrições, as quais invariavelmente resultam em práticas irresponsáveis e inadequadas que levam a um alto índice de lesões e prejuízos na performance em curto e longo prazo.
Referências bibliográficas
Kraemer WJ & Hakkinen K. Treinamento de força para o esporte. Porto Alegre: Artmed, 2004.
Noakes, T. Training and bioenergetic characteristics in elite male and female kenyan runners. Medicine and Science in Sports and Exercise. Vol. p:305, 2003
Paavolainen L, Hakkinen K, Hamalainen I, Nummela A, Rusko H. Explosive-strength training improves 5-km running time by improving running economy and muscle power. Journal of Applied Physiology. Vol.86 n°5 pp:1527–1533, 1999.
Spurrs RW, Murphy AJ, Watsford ML. The effect of plyometric training on distance running performance. European Journal of Applied Physiology. Vol.89 n.1 pp:1-7, 2003.
Turner AM, Owings M, Schwane JA. Improvement in running economy after 6 weeks of plyometric training. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol.17 n.1 pp:60-7, 2003.
Verkhoshanski IV. Força: treinamento de potência muscular – método de choque. Londrina: Centro de Informações Desportivas, 1998.
Verkhoshanski IV. Treinamento desportivo. Porto Alegre: Artmed, 1999.
Weston AR, Mbambo Z, Myburgh KH. Running economy of African and Caucasian distance runners. Medicine and Science in Sports and Exercise. Vol. 32, No. 6, pp. 1130–1134, 2000.
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