terça-feira, 27 de outubro de 2009

MÚSCULO NORMAL - ATPase

DOIS TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES NORMAIS.
As fibras musculares normais são basicamente de dois tipos, 1 e 2.

As fibras do tipo 1 são fibras de contração lenta e fadiga difícil, que dependem de fosforilação oxidativa para obtenção de energia e, portanto, são ricas em mitocôndrias e em mioglobina, um pigmento semelhante à hemoglobina que serve para armazenamento e transporte de oxigênio no interior da fibra. A mioglobina, que contém heme, é vermelha.

As tipo 2 são fibras de contração rápida e fadiga fácil, que utilizam glicólise anaeróbica para obtenção de energia e são pobres em mitocôndrias e mioglobina.

Obs. Na realidade a classificação das fibras é um pouco mais complicada, admitindo-se fibras tipos 1, 2A, 2B e 2C, mas isto não tem maior importância para esta aula.

Em aves, há músculos com forte predomínio de um dos tipos de fibra, o que é relacionado à função. Por exemplo, a carne do peito do frango é branca porque tem grande predomínio de fibras do tipo 2. Esta musculatura é usada para bater as asas, um movimento rápido e de duração curta. Já a carne das coxas e sobrecoxas é vermelha porque aí predominam fibras do tipo 1. Esta musculatura tem função postural, é usada para manter a ave em pé, portanto exige contração durante períodos prolongados.

POR QUÊ SE USA A ATPase PARA ESTUDAR OS TIPOS DE FIBRAS ?

A reação histoquímica para ATPase miosínica é um método elegante e largamente empregado para diferenciar entre fibras tipo 1 e 2 em biópsias musculares. A ATPase é uma enzima que cliva ATP para liberar energia para contração muscular. Faz parte da própria molécula da miosina, um dos filamentos contráteis, juntamente com a actina, que formam as miofibrilas. A ATPase constitui a 'cabeça' móvel do filamento de miosina (por isso se fala em ATPase miosínica).




As fibras tipos 1 e 2 têm moléculas de miosina um pouco diferentes. Variando-se o pH em que é feita a reação histoquímica para ATPase, as fibras de um tipo reagem e as do outro tipo reagem menos. As fibras reativas são demonstradas em marrom escuro. As não reativas ficam bege claro ou brancas.

Estas reações, como todo o restante do estudo das biópsias musculares, é feito em cortes de congelação obtidos em criostato. Não é possível fazer em cortes de parafina porque a fixação por formol destrói a atividade enzimática.

No músculo humano, particularmente nos músculos mais usados para biópsia, que são o bíceps braquial, tríceps braquial, quadríceps, tríceps sural e peroneiro, há um relativo equilíbrio entre as fibras dos dois tipos, e a distribuição entre elas é aleatória. Lembra à primeira vista um tabuleiro de xadrêz.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Atletismo
Saltos
Constituem-se basicamente de dois tipos de movimentos, os cíclicos e os acíclicos.
Tem como objetivo: superar forças - atrito, gravidade e resistência.
São compostos de 4 fases: aceleração, impulsão, vôo e queda.

Caracterizam-se por uma parábola que é determinada pela relação entre os fatores básicos:
Altura de saída do centro de gravidade;
Ângulo de saída do centro de gravidade;
Velocidade de saída (horizontal e vertical) do centro de gravidade

Fatores determinantes dos saltos:
Velocidade Vertical;
Velocidade Horizontal;
Ângulo;
Altura do Centro de Gravidade.



SALTO EM DISTÂNCIA
Esse salto é efetuado em uma área dividida em três segmentos: uma pista de impulso com um mínimo de 45m de comprimento; uma tábua de madeira maciça com 1,22m de comprimento, 20cm de largura e 10 de espessura, fixada ao solo ao nível da pista de impulso, antes da caixa de areia e a caixa em si, onde o atleta deve cair ao saltar. O solo da pista de impulso pode ser de saibro, terra fina ou carvão e podendo ser utilizado o tartan.
Como saltar:
Primeiro o atleta se concentra para saltar, imagina mentalmente seu salto e em seguida inicia uma corrida em direção a caixa de areia: começa devagar e vai aumentando gradativamente a velocidade. Estabiliza a velocidade e bate o pé em que tem maior destreza (mais domínio de movimetos) na tábua de salto (aproximação) e se impulsiona para saltar.
Obs: a impulsão só pode ser feita com o pé de apoio na tábua de salto. Se o atleta queimar, colocando o pé fora da tábua, o salto será considerado como uma falha.
Feita a impulsão, o saltador lança a perna, que está livre para a frente ganhando elevação e desenvolvimento horizontal.

Medição e Regras:
A distância do salto será medida do ponto em que o saltador tocou a areia até a tábua de salto. Se o saltador, ao cair colocar as mãos para trás para se apoiar, será medido a partir do local em que tocou o chão com as mãos.
O existe uma linha limite para o salto que fica na borda da tábua e deve ser coberta de areia mais fina, cal ou outro material que possibilite registrar a impressão do pé do atleta, se caso ele pisar além da linha. Geralmente só pode cometer 2 dessas faltas a terceira o atleta está fora.
O atleta pode tentar apenas três saltos onde será computado o melhor deles. A medida do salto, geralmente, é feita em ângulo reto, do ponto atingido pelo atleta, com qualquer parte do corpo, na caixa de areia, até a linha limite. Considera-se como ponto atingido a marca mais próxima a essa linha limite. Se o atleta cair fora da caixa de areia é considerado falta. Se isso se der na terceira tentativa, o saltador é eliminado, pelo juiz da prova ou seus auxiliares.

A distância aferida se divide em três:
Distância horizontal "CI"- É a distância entre a extremidade distal da tábua de impulsão e a projeção vertical do centro de gravidade no momento da impulsão.
Distância de vôo "CII - Distância entre o fim da impulsão e o momento do ataque
Distância de queda "CIII"- Distância entre a projeção da curva da parábola e o toque aferido.
Fatores que determinam as distâncias:
CI: Capacidades físicas, precisão da impulsão, posição do corpo no momento da impulsão;
CII:Altura do centro de gravidade, ângulo de saída e velocidade da saída
CIII: Posição do corpo e ações na queda.

Fases do salto em distância:
1.Corrida de Aproximação:
Objetivos: Levar o indivíduo a uma posição ótima para a impulsão com tanta velocidade quanto se possa controlar em eficiência.
Complemento: varia de acordo com a capacidade de adquirir velocidade do indivíduo e do seu nível técnico em média de 39 a 45 metros (17 a 22 passos)
Fases: Preparação, aceleração e manutenção.
Adaptação: varia de 3-4 passos; ocorre um rebaixamento do centro de gravidade e a penúltima passada é maior e a última menor.

2.Chamada:
Objetivos: obter velocidade (elevação) procurando matner a velocidade horizontal tão alta quanto possível.
É a fase mais importante e mais difícil do salto. Tem a duração média de 11-13 centésimos de segundo.
Apoio - feito de forma ativa ("patada"), num ângulo de flexão de pernas de aproximadamente 170 graus e de 118 a 120 graus com o solo.
Absorção - através da pequena flexão das articulações dos tornozelos, joelhos e quadris;
Extensão - rotação de membros iniciado pelo quadril, braços assimétricos e perna de elevação; extensão dos joelhos impulsora (para trás e para baixo); corpo ereto; ângulo de saída entre 18-22 graus.
3.Vôo:
Objetivos: criar uma posição ótima do corpo para se obter uma queda controlada (evitar rotação do tronco para frente).
Inicia-se com a perda do contato com o solo e o saltador não poderá modificar a trajetória da parábola do centro de gravidade a pós ter perdido o contato com o solo, termina ao segmentos do corpo e o centro de gravidade de modo a facilitar as ações da queda.
Técnicas: grupado; peito (extensão) e tesoura.

4.Queda:
Objetivos: posicionar o corpo de modo a facilitar as açòes para o melhor aproveitamento das massas corporais nos movimentos de rotação em busca da melhor eficiência do salto (menor CIII). Procurar diminuir ao máximo as forças de reação do solo.
Técnicas: rotação frontal e rotação lateral.
Como executar o Salto em Distância:
Sem reduzir em absoluto a velocide adquirida, coloque o pé de impulsão sobre a tábua. O outro será lançado à frente como um passo de corrida, mas com maior elevação, direcionando o movimento. Simultaneamente ambos os braços e principalmente o correspondente ao pé de impulsão serão lançados à frente, elevando os ombros.
A velocidade adquirida será aproveitada para dar maior amplitude ao salto, pois também a amplitude dependerá da altura proporcionada ao salto que poderá ser obtido com uma enérgica extensão de pernas de impulsão, obtendo um bom lançamento com a outra perna.
Vôo: Braços extendidos e levados atrás simultaneamente, as pernas e todo o corpo distende-se projetando o quadril à frente. No movimento do salto, o pé de impulsão ao perder contato com o solo deverá permanecer inativo, isto é , a perna prosseguirá sem tensão pois progressivamente se levará à frente.
Queda: Antes da caída se extenderão as pernas acima à frente com grande energia. E se lançarão os braços para frente e pra baixo, tendo a sensação de que o tronco gira as pernas. Quando os pés tocam o solo, a pelvis será impulsionada para frente assim como os braços para impedir que se desequilibre e cáia com os braços atrás. Ao cair junte os calcanhares.


SALTO TRIPLO

Esse salto utiliza as mesmas regras do salto em distância, com exceção de que a tábua e a linha limite do salto ficam no mínimo a 11m da caixa de areia. Para o salto é utilizado uma técnica onde o atleta deve cumprir três etapas sucessivas: um primeiro salto, antes da linha limite, para cair sobre o mesmo pé do impulso; um segundo salto, caindo sobre o outro pé; e finalmente o terceiro salto, que lhe permite cair com os dois pés na caixa de areia (deve executar este salto final com toda a força para projetar-se para a caixa de areia com a maior distância possível).
Regras:
A ordem de saltos dos atletas é sorteada. Assim como no salto em distância, o atleta faz 3 tentativas e lhe é computado o melhor dos três.Quando houver mais de oito competidores, cada um terá direito a três tentativas e os oito competidores com os melhores resultados da prova terão direito a mais três tentativas, sendo que, no caso de empate em oitavo nos três primeiros saltos, todos os competidores terão também direito a mais três tentativas.
O primeiro salto deve ser dado de forma que o competidor corra com o mesmo pé com que foi dada a impulsão; no segundo, ele deve cair com o outro pé; a partir daí o salto é completado. É considerado falho o salto em que o competidor, enquanto estiver saltando, tocar o solo com a perna "inativa". Aplicam-se ao salto triplo todas as demais disposições sobre as faltas previstas para o salto em distância.
A pista deve ter uma largura mínima de 1,22m e seu comprimento é ilimitado, devendo ter, no mínimo 40m. O máximo permitido para a inclinação lateral da pista é 1:100 e para inclinação global na direção da corrida é de 1:1000.
Na pista não podem ser colocadas marcas, mas ao lado de fora o competidor pode colocar marcas (fornecidas pelos organizadores). Nenhuma marca pode ser colocada na caixa de areia. Depois de iniciada a prova, os competidores não devem ter mais permissão para usar a pista para efetuar tentativas experimentais.

Componentes básicos:
Velocidade;
Potência;
Coordenação;
Equilíbrio;
Flexibilidade;
Condições básicas ao salto triplo:
Boa distribuição entre as distâncias dos saltos;
Obter uma relação ideal entre as velocidades horizontal e vertical de modo que se possa:

Obter uma trajetória do centro de gravidade tão longa quanto possível;
Obter a menor perda possível da velocidade horizontal;
Adaptar os ângulos resultantes de saída a cada salto suas características.
Regras:
O segundo salto deve ser dado com a mesma perna e o primeiro e o terceiro salto com a outra perna.
O pé inativo não poderá tocar o solo;
Não pode-se ao saltar cair fora da pista ou da caixa de areia;
Tábua: a 13 m da caixa de areia;
Conta-se como válido o toque mais próximo da tábua de impulsão.

Corrida de Aproximação:
Objetivos: Adquirir velocidade horizontal; preparar para a primeira chamada com equilíbrio e coordenação.
Distância: +/- 30-40 metros ou 15 -20 passos (varia de acordo com o saltador vai adquirir velocidade)
Medida da tábua de impulsão: 13 m até a marca.

1.Salto (hop): chamada - vôo e queda
Efetuado com a perna mais forte (dois primeiros);
Tempo de contato com o solo menor que no salto em distância (menor diminuição velocidade horizontal);
Ângulo resultante de saída ligeiramente inferior ao S.D (14 à 16);
Grande importância do equilíbrio e a coordenação de movimentos, o que irá determinar os próximos saltos;
Menor rebaixamento do centro de gravidade;
Troca de pernas em fase de vôo (início de movimento de tesoura);

2. Salto Step ou Parada:
É o menor dos três saltos devido a maior dificuldade de elevação;
Inicia-se contato da perna de impulsão tocando em cheio o solo (maior sua absorção de impacto);
Pequena flexão de perna de impulsão (maior tensão elástica);
Perna de impulsão sofe grande pressão (até 6 vezes o peso do atleta)- quanto maior o ângulo maior a pressão;
A chama é realizada com um movimento de "patada"onde o saltador faça um movimento brusco com a perna para trás e pra cima, tentando assim reduzir a perda de velocidade horizontal;
O ângulo resultante de sáida é menor que o salto da distância;
Fase de vôo, correção do equilíbrio através da rotação horizontal dos braços, colocando o Centro de Gravidade no lugar.

3. Salto Jump:
É aquele realizado com a perna de elevação (+ fraca);
Toque sobre a planta do pé (maior absorção de impacto);
Movimento de "patada"ativa na chamada pra reduzir a perda de velocidade horizontal;
Maior tempo de contato com o solo (19 a 25 c);
Fase vôo próximo do Salto em Distância, tendo como diferença apenas a velocidade horizontal menor, provocando uma menor fase de vôo. Para tal utiliza-se outro tipo de estilo o tipo peito e o carpado.
A correção do equilíbrio é feita através da rotação horizontal de braços, na fase de vôo.

Fontes:
Atletismo
Saltos

SALTO COM VARA
Objetivo: Transpor o sarrafo.
Esse salto, assim como o triplo são considerados masculinos,devido a grande exigência do atleta de bastante técnica, força física e equilíbrio muscular apurados.
Basicamente, consiste em ultrapassar um obstáculo (sarrafo) colocado a uma determinada altura, utilizando como impulso uma vara que é apoiada no solo e projeta o atleta para cima.
Regras:
A pista deve medir no mínimo 45m, ao fim da qual se acha enterrada, ao nível do piso uma caixa de apoio com 1m de comprimento, 60cm de largura, no início e apenas 15 junto ao obstáculo. Essa caixa é feita de madeira ou metal, enquanto o obstáculo consta de dois suportes verticais e uma barra horizontal - ou sarrafo - de secção triangular, com 3mm de lado, mas com 3,86 a 4,52m de comprimento e 2,260kg de peso máximo. Como na prova de salto em altura após o obstáculo se coloca o port-à-pit, com 1m de altura e 5 de lado, para amortecer a queda do saltador.
A vara utilizada para impulso é de material, comprimento e diâmetro à escolha do atleta, mas ele só poderá revesti-la com duas voltas de fita adesiva de espessura uniforme. Atualmente, os saltadores usam vara de fibra de vidro, por sua grande resistência e flexibilidade, com peso e comprimento que variam em razão das características físicas do próprio atleta.
As regras observadas na salto em altura, no que toca ao número de tentativas, faltas permitidas e direito de recusar-se a transpor determinadas marcas, com o objetivo de guardar-se para outras maiores, são aplicáveis ao salto com vara.
Nessa prova, o saltador deve correr pela pista de impulso, segurando a vara com as duas mãos em pontos escolhidos por ele mesmo, fincá-la na caixa de apoio, projetar-se para cima em impulso obtido com a flexão da vara e transpor o obstáculo sem derrubá-lo. É importante que ele largue a vara no momento exato, pois mesmo que salte o obstáculo, se a vara derrubar o sarrafo, conta-se isso como falta. O saltador também não pode, uma vez fincada a vara na caixa de apoio, mudar a posição de suas mãos na vara, três dessas faltas o eliminam.

Fatores que interferem em um bom salto:
Velocidade Horizontal
Velocidade Vertical
Flexibilidade
Coordenação de membros superiores
Coordenação de membros inferiores
Força (para invergar a vara)
Material adequado

Tipos de Saltos:
Vara Rígida
Vara Flexível

Como Saltar:
Com a vara, o centro de gravidade é jogado para frente do corpo, sendo uma dificuldade que deve ser diminuída para se chegar ao êxito.

Energias utilizadas:
Energias Dinâmicas (vara rígida):
Velocidade da Corrida
Impulsão no Solo
Repulsão da Vara

Energias Dinâmicas (vara flexível):
Energia mecânica desenvolvida pela vara (na invergadura transfere-se a força e energia cinética para energia mecânica)
Fases do Salto com Vara:
Corrida de aproximação;
Impulsão;
Transposição;
Queda;
Características das fases e como fazer o Salto Com Vara :
Corrida de aproximação: O atleta deve ser extremamente coordenado pois a vara por ser grande desenvolve um desequilíbrio tal, forçando o atleta projetar o centro de gravidade da vara para o seu (elevando a ponta da vara para trás). Uma grande importância também é dada a empunhadura. Carregar sempre a vara do lado contrário da perna de impulsão para não atrapalhar a dinâmica do salto. Os braços devem estar abertos do lado contrário do pé de impulsão. Abaixa-se a ponta da vara e a mão do pé de impulsão eleva sua ponta, a fim de buscar o equilíbrio.
A corrida deve ser ritmada para acertar o salto no tempo certo a vara no "take off"e coordenar. Se o atleta errar o passo não conseguirá encaixá-la, ou seja, se perder o rítmo desta corrida vibrará excessivamente a vara dificultando o alinhamento da passada.

Impulsão: Existem dois movimentos de pêndulo. 1) Vara sobre o solo e 2) Homem sobre a vara.
O movimento de rotação gera o pêndulo e quando ela é travada naturalmente cria um movimento de pêndulo.
Com a rotação dos segmentos no ar (lançamento de elevação da perna), irá subir em posição de "L". A aceleração criada pelo pêndulo, ao empurrar a vara para baixo e para trás ganhará uma força para cima e para frente. Acelera girando o corpo para baixo entra com as pernas para o sarrafo. O Atleta empurra a vara e cai sentado sobre o colchão.
A transferência da energia cinética pra energia mecânica ocorre quando o atleta trava com a mão da frente (empurra a vara) e abaixa com a de trás, envergando-a. Quando este atleta freia, a energia é transferida para a vara e consequentemente para o centro de gravidade pela frente.
Transposição ou Repulsão: Após girar o corpo, lançar as pernas, flexionando os joelhos e elevando os quadris. Os braços vão para trás, provocando a queda sentado no colchão de H²O.

Queda: Carpa-se o corpo elevando os quadris e em seguida cai-se sentado no colchão.



SALTO EM ALTURA
Definição: Sequência de movimentos cujo objetivo é a trasposição de um obstáculo vertical.
Objetivos: levar as várias partes do corpo as posiçòes mais favoráveis relativamente uma as outras a fim de se evitar derrubar o sarrafo. Utilizar da aceleração ou retardamento da rotação para transpor o sarrafo; criar condições favoráveis a segurança da queda.

Medidas Determinadas:
H1=Altura do Centro de Gravidade (condicionado pelo porte físico - medida do CG ao solo)
H2=Altura máxima alcançada pelo CG (ponto máximo do CG - Nível de impulsão alcançado)
H3=Altura entre o H2 e o Sarrafo (Quanto o atleta aproxima o CG do Sarrafo - Quanto maior o H3, maior a eficiência do salto.)

Fatores determinantes:
Velocidade de Saída
Ângulo de Saída
Altura de Saída
Considerações Básicas:
Todo movimento realizado pelo indivíduo durante o vôo provoca um movimento reativo em sentido contrário.
Os movimentos rotativos devem ser predeterminados na chamada.
Os movimentos rotativos podem ser modificados por meios de movimentos correspondentes de segmentos corporais durante o vôo.

Regras:
O local em que se realiza essa prova é uma pista em forma de leque, também construída de tartan, em cuja parte mais estreita se situa o obstáculo a transpor. Esse obstáculo consta de dois suportes verticais, que sustentam uma barra horizontal de secção triangular, com 3mm de lado, 3,64 a 4m de comprimento e 2kg de peso máximo. Atrás do obstáculo, coloca-se um acolchoado de 4 por 5m, que modernamente substitui os antigos tanques de areia, para amortecer a queda do saltador. A pista de impulso deve Ter um comprimento mínimo de 18m. O acolchoado, com 1m de altura, chama-se pot-à-pit e foi oficialmente aprovado em 1968.

Antes de iniciar uma prova de salto em altura, são anunciadas pelo juiz as sucessivas marcas em que a barra horizontal - ou sarrafo - será colocada. Os saltadores têm direito a três tentativas para ultrapassá-la. Esbarrá-la de leve, com qualquer parte do corpo, sem a derrubar, não é considerado como falta. Essa só ocorre quando o sarrafo cai dos suportes, sendo que após a terceira tentativa sem êxito, o saltador é desclassificado. A ele é dado também, o direito de recusar-se a saltar qualquer marca que considere facilmente ultrapassável, guardando-se para alturas maiores.
O arranco do solo deve efetuar-se sempre com um só pé, mas o saltador pode transpor o pulso que achar convenientes. No salto em altura moderno há duas técnicas mais usadas: a do salto clássico, no qual o atleta transpõe o sarrafo de frente para o solo, e o estilo aperfeiçoado pelo norte-americano Robert Fosbury, em que pelo contrário, o atleta salta de costas.
Características do Salto:
Corrida de aproximação: Bem ritmada evitando correr muito devagar para não fazer a chamada muito perto do sarrafo.
Objetivos: produzir uma aceleração horizontal que perrmita uma conversão ótima pra a vertical com um ângulo de saída favorável (60 a 65°); Preparar uma chamada ritmada e eficiente; proporcionar um ângulo de saída favorável o qual será determinado pela corrida.
Técnicas: Deve ser feita em linha reta; com velocidade controlada, que permite uma boa conversão; a direção da aproximação varia de acordo com a técnica a ser utilizada e a perna de impulsão. Temos assim:
Estilos Ângulo Lado de Aproximação
Tesoura 25° a 45° Contrário à perna de impulsão
Rolo Dorsal 25° a 45° Contrário à perna de impulsão
Rolo Ventral - Mesmo Lado
Rã 45° a 65° Mesmo Lado

Fases: Aceleração (para um bom salto aumenta-se a amplitude da penúltima passada e diminui a última passada. Inicia o movimento de flexão das pernas, concomitantemente elevação dos braços; Preparação da chamada, 2-3 passos.
Fatores básicos: rebaixamento do CG na fase de adaptação (penúltima passada que a última); Criar condições favoráveis a uma boa utilização das massas corporais em movimentos de balanço (braços e pernas) de tal modo que a velocidade e amplitude possam alcançar o seu máximo; Boa utilização das forças reativas dos músculos e ligamentos.
Chamada:
Objetivo: Travar a velocidade horizontal e converter em movimento quase vertical; desenvolver uma grande velocidade de saída e criar um ângulo do valor ótimo; produzir os momentos de rotação necessários para a transposição. Realizada no espaço de tempo de 0,15 - 0,25 segundos.
Fases: Amortecimento - inicia-se com assentametno do pé de impulsão;ocorre a extensão do joelho; movimento de rotação cíclica de perna de elevação e braços geram força de flexão de joelhos; com a flexão do joelho os músculos reagem procurando recuperar a extensão e assim gerar a energia para a impulsão; quando CG atinge seu ponto mais baixo termina a fase de amortecimento; tronco ligeiramente inclinado para trás.

Vôo ou Impulsão:
Inicia-se com o travamento da rotação dos braços e pernas livre. Um ângulo de 135 - 145°; Movimento de rotação dos quadris sobre o eixo horizontal; extensão da coxa, joelho, perna e pé no movimento de impulsão quando CG passa pela posição vertical do ponto de apoio; A rotação dos braços e perna livre facilita a rotação sobre o sarrafo.
Transposição e queda:
Técnicas:
Rolo ventral
Rolo Californiano "Ra"
Tesoura Dorsal
Tesoura
Flop Fousbury (mais usado)

Salto Flop Fousbury
Corrida de aproximação:
Objetivos: idênticos aos demais saltos
Técnica: a corrida de aproximação inicia-se em linha reta e passa a ser feita em curva durante as últimas paradas.
Aproximadamente 15 passos; o raio da curva, em função da velocidade de aproximação é maior quando a velocidade aumenta (quanto mais fechada maior a força centrifuga); A distância do ponto de chamada maior (2m) do sarrafo; Com velocidade a força centrífuga auemtna, o saltador deverá inclinar-se para dentro da curva para compensar esta força; ponto de impulsão na projeção vertical do CG e o sarrafo; rebaixamento do CG na última parada; rotação da perna de elevação.
Chamada:
Inicia-se com uma impulsão da perna de elevação num movimento explosivo, quanto mais alto elevar a perna mais ela vai aumentar a força centrífuga; o tronco deve estar na posição quase vertical; o ponto de imulsão deve estar um pouco fora do CG (rotação); movimento de rotação dos braços e pelos ombros em momentos diferentes.
Transposição e queda:
Ao perder o contato com o solo o corpo subirá até a posição horizontal, onde os ombros e a cabeça se situarem sobre o sarrafo; O atleta a partir deste momento deeverá deixar cair o ombro e a perna o que elevará o quadril; no próximo momento ele deverá tentar elevar a cabeça e tocar o queixo no peito o que fará um rebaixamento do qudril e a elevação das pernas; após a transposição das pernas elas são estendidas na vertical e mantêm-se até a queda; a queda de costas deverá ser amortecida pela utilização dos braços em toques antecipados ao colchão.

Fontes:
Silva, N. Pitham, Atletismo, Cia Brasil Ed, SP
Watts, Denis, ABC do Atletismo, Ed. Presença Ltda, 1974, Lisbôa
Regras Oficiais de Atletismo - CBAT.