Atletismo
Saltos
SALTO COM VARA
Objetivo: Transpor o sarrafo.
Esse salto, assim como o triplo são considerados masculinos,devido a grande exigência do atleta de bastante técnica, força física e equilíbrio muscular apurados.
Basicamente, consiste em ultrapassar um obstáculo (sarrafo) colocado a uma determinada altura, utilizando como impulso uma vara que é apoiada no solo e projeta o atleta para cima.
Regras:
A pista deve medir no mínimo 45m, ao fim da qual se acha enterrada, ao nível do piso uma caixa de apoio com 1m de comprimento, 60cm de largura, no início e apenas 15 junto ao obstáculo. Essa caixa é feita de madeira ou metal, enquanto o obstáculo consta de dois suportes verticais e uma barra horizontal - ou sarrafo - de secção triangular, com 3mm de lado, mas com 3,86 a 4,52m de comprimento e 2,260kg de peso máximo. Como na prova de salto em altura após o obstáculo se coloca o port-à-pit, com 1m de altura e 5 de lado, para amortecer a queda do saltador.
A vara utilizada para impulso é de material, comprimento e diâmetro à escolha do atleta, mas ele só poderá revesti-la com duas voltas de fita adesiva de espessura uniforme. Atualmente, os saltadores usam vara de fibra de vidro, por sua grande resistência e flexibilidade, com peso e comprimento que variam em razão das características físicas do próprio atleta.
As regras observadas na salto em altura, no que toca ao número de tentativas, faltas permitidas e direito de recusar-se a transpor determinadas marcas, com o objetivo de guardar-se para outras maiores, são aplicáveis ao salto com vara.
Nessa prova, o saltador deve correr pela pista de impulso, segurando a vara com as duas mãos em pontos escolhidos por ele mesmo, fincá-la na caixa de apoio, projetar-se para cima em impulso obtido com a flexão da vara e transpor o obstáculo sem derrubá-lo. É importante que ele largue a vara no momento exato, pois mesmo que salte o obstáculo, se a vara derrubar o sarrafo, conta-se isso como falta. O saltador também não pode, uma vez fincada a vara na caixa de apoio, mudar a posição de suas mãos na vara, três dessas faltas o eliminam.
Fatores que interferem em um bom salto:
Velocidade Horizontal
Velocidade Vertical
Flexibilidade
Coordenação de membros superiores
Coordenação de membros inferiores
Força (para invergar a vara)
Material adequado
Tipos de Saltos:
Vara Rígida
Vara Flexível
Como Saltar:
Com a vara, o centro de gravidade é jogado para frente do corpo, sendo uma dificuldade que deve ser diminuída para se chegar ao êxito.
Energias utilizadas:
Energias Dinâmicas (vara rígida):
Velocidade da Corrida
Impulsão no Solo
Repulsão da Vara
Energias Dinâmicas (vara flexível):
Energia mecânica desenvolvida pela vara (na invergadura transfere-se a força e energia cinética para energia mecânica)
Fases do Salto com Vara:
Corrida de aproximação;
Impulsão;
Transposição;
Queda;
Características das fases e como fazer o Salto Com Vara :
Corrida de aproximação: O atleta deve ser extremamente coordenado pois a vara por ser grande desenvolve um desequilíbrio tal, forçando o atleta projetar o centro de gravidade da vara para o seu (elevando a ponta da vara para trás). Uma grande importância também é dada a empunhadura. Carregar sempre a vara do lado contrário da perna de impulsão para não atrapalhar a dinâmica do salto. Os braços devem estar abertos do lado contrário do pé de impulsão. Abaixa-se a ponta da vara e a mão do pé de impulsão eleva sua ponta, a fim de buscar o equilíbrio.
A corrida deve ser ritmada para acertar o salto no tempo certo a vara no "take off"e coordenar. Se o atleta errar o passo não conseguirá encaixá-la, ou seja, se perder o rítmo desta corrida vibrará excessivamente a vara dificultando o alinhamento da passada.
Impulsão: Existem dois movimentos de pêndulo. 1) Vara sobre o solo e 2) Homem sobre a vara.
O movimento de rotação gera o pêndulo e quando ela é travada naturalmente cria um movimento de pêndulo.
Com a rotação dos segmentos no ar (lançamento de elevação da perna), irá subir em posição de "L". A aceleração criada pelo pêndulo, ao empurrar a vara para baixo e para trás ganhará uma força para cima e para frente. Acelera girando o corpo para baixo entra com as pernas para o sarrafo. O Atleta empurra a vara e cai sentado sobre o colchão.
A transferência da energia cinética pra energia mecânica ocorre quando o atleta trava com a mão da frente (empurra a vara) e abaixa com a de trás, envergando-a. Quando este atleta freia, a energia é transferida para a vara e consequentemente para o centro de gravidade pela frente.
Transposição ou Repulsão: Após girar o corpo, lançar as pernas, flexionando os joelhos e elevando os quadris. Os braços vão para trás, provocando a queda sentado no colchão de H²O.
Queda: Carpa-se o corpo elevando os quadris e em seguida cai-se sentado no colchão.
SALTO EM ALTURA
Definição: Sequência de movimentos cujo objetivo é a trasposição de um obstáculo vertical.
Objetivos: levar as várias partes do corpo as posiçòes mais favoráveis relativamente uma as outras a fim de se evitar derrubar o sarrafo. Utilizar da aceleração ou retardamento da rotação para transpor o sarrafo; criar condições favoráveis a segurança da queda.
Medidas Determinadas:
H1=Altura do Centro de Gravidade (condicionado pelo porte físico - medida do CG ao solo)
H2=Altura máxima alcançada pelo CG (ponto máximo do CG - Nível de impulsão alcançado)
H3=Altura entre o H2 e o Sarrafo (Quanto o atleta aproxima o CG do Sarrafo - Quanto maior o H3, maior a eficiência do salto.)
Fatores determinantes:
Velocidade de Saída
Ângulo de Saída
Altura de Saída
Considerações Básicas:
Todo movimento realizado pelo indivíduo durante o vôo provoca um movimento reativo em sentido contrário.
Os movimentos rotativos devem ser predeterminados na chamada.
Os movimentos rotativos podem ser modificados por meios de movimentos correspondentes de segmentos corporais durante o vôo.
Regras:
O local em que se realiza essa prova é uma pista em forma de leque, também construída de tartan, em cuja parte mais estreita se situa o obstáculo a transpor. Esse obstáculo consta de dois suportes verticais, que sustentam uma barra horizontal de secção triangular, com 3mm de lado, 3,64 a 4m de comprimento e 2kg de peso máximo. Atrás do obstáculo, coloca-se um acolchoado de 4 por 5m, que modernamente substitui os antigos tanques de areia, para amortecer a queda do saltador. A pista de impulso deve Ter um comprimento mínimo de 18m. O acolchoado, com 1m de altura, chama-se pot-à-pit e foi oficialmente aprovado em 1968.
Antes de iniciar uma prova de salto em altura, são anunciadas pelo juiz as sucessivas marcas em que a barra horizontal - ou sarrafo - será colocada. Os saltadores têm direito a três tentativas para ultrapassá-la. Esbarrá-la de leve, com qualquer parte do corpo, sem a derrubar, não é considerado como falta. Essa só ocorre quando o sarrafo cai dos suportes, sendo que após a terceira tentativa sem êxito, o saltador é desclassificado. A ele é dado também, o direito de recusar-se a saltar qualquer marca que considere facilmente ultrapassável, guardando-se para alturas maiores.
O arranco do solo deve efetuar-se sempre com um só pé, mas o saltador pode transpor o pulso que achar convenientes. No salto em altura moderno há duas técnicas mais usadas: a do salto clássico, no qual o atleta transpõe o sarrafo de frente para o solo, e o estilo aperfeiçoado pelo norte-americano Robert Fosbury, em que pelo contrário, o atleta salta de costas.
Características do Salto:
Corrida de aproximação: Bem ritmada evitando correr muito devagar para não fazer a chamada muito perto do sarrafo.
Objetivos: produzir uma aceleração horizontal que perrmita uma conversão ótima pra a vertical com um ângulo de saída favorável (60 a 65°); Preparar uma chamada ritmada e eficiente; proporcionar um ângulo de saída favorável o qual será determinado pela corrida.
Técnicas: Deve ser feita em linha reta; com velocidade controlada, que permite uma boa conversão; a direção da aproximação varia de acordo com a técnica a ser utilizada e a perna de impulsão. Temos assim:
Estilos Ângulo Lado de Aproximação
Tesoura 25° a 45° Contrário à perna de impulsão
Rolo Dorsal 25° a 45° Contrário à perna de impulsão
Rolo Ventral - Mesmo Lado
Rã 45° a 65° Mesmo Lado
Fases: Aceleração (para um bom salto aumenta-se a amplitude da penúltima passada e diminui a última passada. Inicia o movimento de flexão das pernas, concomitantemente elevação dos braços; Preparação da chamada, 2-3 passos.
Fatores básicos: rebaixamento do CG na fase de adaptação (penúltima passada que a última); Criar condições favoráveis a uma boa utilização das massas corporais em movimentos de balanço (braços e pernas) de tal modo que a velocidade e amplitude possam alcançar o seu máximo; Boa utilização das forças reativas dos músculos e ligamentos.
Chamada:
Objetivo: Travar a velocidade horizontal e converter em movimento quase vertical; desenvolver uma grande velocidade de saída e criar um ângulo do valor ótimo; produzir os momentos de rotação necessários para a transposição. Realizada no espaço de tempo de 0,15 - 0,25 segundos.
Fases: Amortecimento - inicia-se com assentametno do pé de impulsão;ocorre a extensão do joelho; movimento de rotação cíclica de perna de elevação e braços geram força de flexão de joelhos; com a flexão do joelho os músculos reagem procurando recuperar a extensão e assim gerar a energia para a impulsão; quando CG atinge seu ponto mais baixo termina a fase de amortecimento; tronco ligeiramente inclinado para trás.
Vôo ou Impulsão:
Inicia-se com o travamento da rotação dos braços e pernas livre. Um ângulo de 135 - 145°; Movimento de rotação dos quadris sobre o eixo horizontal; extensão da coxa, joelho, perna e pé no movimento de impulsão quando CG passa pela posição vertical do ponto de apoio; A rotação dos braços e perna livre facilita a rotação sobre o sarrafo.
Transposição e queda:
Técnicas:
Rolo ventral
Rolo Californiano "Ra"
Tesoura Dorsal
Tesoura
Flop Fousbury (mais usado)
Salto Flop Fousbury
Corrida de aproximação:
Objetivos: idênticos aos demais saltos
Técnica: a corrida de aproximação inicia-se em linha reta e passa a ser feita em curva durante as últimas paradas.
Aproximadamente 15 passos; o raio da curva, em função da velocidade de aproximação é maior quando a velocidade aumenta (quanto mais fechada maior a força centrifuga); A distância do ponto de chamada maior (2m) do sarrafo; Com velocidade a força centrífuga auemtna, o saltador deverá inclinar-se para dentro da curva para compensar esta força; ponto de impulsão na projeção vertical do CG e o sarrafo; rebaixamento do CG na última parada; rotação da perna de elevação.
Chamada:
Inicia-se com uma impulsão da perna de elevação num movimento explosivo, quanto mais alto elevar a perna mais ela vai aumentar a força centrífuga; o tronco deve estar na posição quase vertical; o ponto de imulsão deve estar um pouco fora do CG (rotação); movimento de rotação dos braços e pelos ombros em momentos diferentes.
Transposição e queda:
Ao perder o contato com o solo o corpo subirá até a posição horizontal, onde os ombros e a cabeça se situarem sobre o sarrafo; O atleta a partir deste momento deeverá deixar cair o ombro e a perna o que elevará o quadril; no próximo momento ele deverá tentar elevar a cabeça e tocar o queixo no peito o que fará um rebaixamento do qudril e a elevação das pernas; após a transposição das pernas elas são estendidas na vertical e mantêm-se até a queda; a queda de costas deverá ser amortecida pela utilização dos braços em toques antecipados ao colchão.
Fontes:
Silva, N. Pitham, Atletismo, Cia Brasil Ed, SP
Watts, Denis, ABC do Atletismo, Ed. Presença Ltda, 1974, Lisbôa
Regras Oficiais de Atletismo - CBAT.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
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